Graças, principalmente, ao ritmo intenso de contratações de empregados com carteira assinada pelas empresas, a previdência social atingiu a marca de 55,3 milhões de contribuintes em 2008. Até setembro do ano passado, momento em que se agravou a crise econômica mundial, o mercado formal de trabalho no Brasil se expandia rapidamente e já havia criado em torno de 2 milhões de novas vagas. Isso contribuiu para a inclusão de 4,1 milhões de novos segurados no sistema previdenciário em 2008.

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Os dados foram apresentados hoje pelo secretário de Políticas de Previdência Social do ministério, Helmut Schwarzer, ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Esses e outros números que mostram a situação da previdência no País constam do Anuário Estatístico da Previdência Social, que está em sua 17ª edição.

A inclusão dos novos contribuintes significou um aumento de 8,1% na base total de segurados, em comparação com 2007. Os contribuintes empregados com carteira assinada passaram para 43,5 milhões, enquanto os demais contribuintes somaram 11,8 milhões. O anuário revela ainda que, por força da expansão do mercado formal de trabalho, houve um aumento de 16,4% no número de contribuintes com idades entre 16 e 19 anos. O sistema previdenciário brasileiro também incluiu 410 mil novos contribuintes com 50 anos ou mais em 2008, devido à necessidade de mão-de-obra especializada.

O rendimento médio mensal foi outro aspecto verificado pelo anuário. O documento mostra que 58,1% dos trabalhadores empregados, que mantêm suas contribuições regulares ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), têm renda de até dois salários mínimos. Outros 18% recebiam entre dois e três mínimos. Contribuintes com renda superior a oito salários mínimos somaram 5,9% do total de trabalhadores filiados à previdência social.

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