O PSL não chegou a um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), sobre alterar regras para categorias da segurança pública no texto da reforma da Previdência. Com muitos deputados ligados à área, o partido de Jair Bolsonaro pedia que o relator incluísse mudanças em seu voto complementar para que a legenda não apresentasse destaques na comissão.

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Depois de reunião na residência de Maia nesta segunda-feira, 1, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), disse que os diálogos vão continuar e que as reuniões devem se estender por toda a noite e nesta terça-feira, 2. “A reunião foi muito boa conseguimos perceber abertura para o diálogo. Os deputados do PSL ligados à segurança pública apresentaram suas demandas”, disse. “Ainda estamos formulando o acordo, a intenção não é embaralhar todo processo de negociação”, afirmou.

Vitor Hugo não deixou claro se o partido ainda deve apresentar destaque ou não e não quis dar detalhes sobre quais pontos específicos estão sendo negociados.

O partido, por sua vez, estudava apresentar um destaque que pedia mudanças para policiais legislativos da Câmara e Senado, Polícia Federal, Rodoviária Federal e Ferroviária Federal (sem fazer menção a agentes penitenciários e agentes socioeducativos). Entre as mudanças pedidas, por exemplo, idade mínima de 55 para homens e 52 para mulheres, ao invés de 55 para ambos os sexos como está no texto do relator.

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“Se houver desidratação vai ser algo pequeno”, disse Vitor Hugo. A emenda do PSL reduziria a economia esperada com as mudanças para as categorias de R$ 5,65 bilhões para cerca de R$ 3,02 bilhões. Vitor Hugo disse ainda que a tendência nesse momento é que Estados e municípios fiquem de fora da reforma da Previdência.