Previdência privada passa a ser investimento

Ter um plano de previdência privada tornou-se algo necessário diante da incerteza do que pode acontecer com a Previdência Social, administrada pelo governo federal.

Além disso, como existe um valor máximo para recebimento da aposentadoria na previdência oficial, muitas pessoas optam pela previdência privada para complementar a renda, ou seja, para garantir o mesmo padrão de vida quando deixa de trabalhar.

Mais do que isto, a previdência privada é um investimento a longo prazo que gera bons rendimentos. Para Álvaro Luiz Martins, gerente regional de negócios da Caixa Ecônomica Federal em Curitiba, a previdência privada requer tempo e disciplina para guardar sempre. “É programar um futuro que você mesmo constrói”, comenta.

Segundo dados Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), este mercado apresentou uma captação de R$ 7,2 bilhões no terceiro trimestre de 2008.

Isto representou um crescimento de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. São vários os motivos para a ascensão da previdência privada no Brasil nos últimos anos.

Este investimento não precisa necessariamente ser uma aposentadoria complementar. Há casos de pais que começam uma previdência privada para pagar a faculdade dos filhos.

E, quando o momento chega, têm dinheiro para isto e para muito mais, justamente por causa da maior rentabilidade em relação aos fundos de investimento convencionais.

“Estes fundos possuem a tributação do Imposto de Renda a cada seis meses (chamado de ‘come cota’), o que a previdência privada não tem. A longo prazo, isto faz diferença”, afirma Martins.

Outro motivo é a opção de recolhimento dos impostos, segundo Carlos Guerra, vice-presidente da Fenaprevi e superintendente da Itaú Vida e Previdência. Existem os regimes progressivo (se o dinheiro é utilizado para gastos em saúde, por exempo, paga-se o Imposto de Renda e depois esta diferença retorna) e regressivo.

Neste caso, a taxa varia entre 35% e 10%. A cada dois anos, o porcentual vai caindo até chegar nos 10%. “A menor alíquota para outros investimentos é de 15%”, revela Guerra.

Ele explica que a previdência privada também tem sido usada para garantir sucessão patrimonial. Como não é investimento sob o ponto de vista jurídico, o valor não passa por ações que discutem herança.

Se a pessoa morre, o dinheiro vai para os beneficiários indicados por ela no momento da aquisição do plano, em até 30 dias. Isto inclusive está sendo feito por idosos, visando garantir a passagem do patrimômio que possuem.

No caso de optar pela previdência privada para a aposentadoria complementar, aconselha-se estimar uma renda mensal de 70% em relação à renda atual. Desta forma, o dinheiro a ser recebido cobre tranqüilamente as despesas.

É preciso ficar atento e atualizar os valores sempre que a renda atual aumenta. Nesta situação, pode-se mudar os valores da contribuição para seguir o parâmetro.

Se tiver críticas ou sugestões escreva para economia@oestadodoparana.com.br.

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