A comercialização de planos de previdência da Bradesco Vida e Previdência no Paraná cresceu 41,4% de janeiro a setembro deste ano, totalizando R$ 65,2 milhões contra R$ 46,1 milhões no mesmo período de 2001. “Desde 94, esse mercado cresce na faixa de 30% ao ano. O Paraná cresce acima da média nacional por causa do grau cultural da população”, diz o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Marco Antonio Rossi, que ontem participou, em Ponta Grossa, de encontro com cerca de trezentos empresários.

O Paraná está entre os cinco estados com maior crescimento na venda de planos de previdência da empresa, que é líder de mercado com a fatia de 51,6%. Com uma carteira de investimentos de R$ 14,5 milhões, a Bradesco Vida e Previdência comercializou R$ 2,6 bilhões em planos de janeiro a setembro. “Nos últimos anos, houve uma mudança muito grande de postura por parte da população, que passou a enxergar a necessidade de fazer reserva para futuro”, aponta Rossi, que também é diretor da Anapp (Associação Nacional de Previdência Privada).

Nesse ano, o incremento foi provocado pelo novo plano VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que atingiu uma parcela maior da população, já que não há dedução do Imposto de Renda e ao sair do plano, o participante só paga imposto sobre a rentabilidade. O VGBL é indicado para trabalhadores que declaram renda pelo modelo simplificado ou não pagam IR, permitindo contribuições mensais a partir de R$ 50.

Já o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) permite ao trabalhador abater do Imposto de Renda até 12% da renda bruta, mas no momento da aposentadoria ou do saque, há tributação sobre o saque. A empresa pode deduzir 20% da folha de pagamento no PGBL. Segundo Rossi, o VGBL atinge um público alvo de 20 milhões de pessoas, enquanto o PGBL alcança 4 milhões, dos quais 1,2 milhão tem planos Bradesco.

Rossi acredita que o crescimento médio de 30% deve se manter nos próximos três anos em função do grande público. “O mercado de previdência no Brasil é relativamente jovem, mas temos muitas oportunidades. Fazemos um trabalho de conscientização sobre a necessidade de se preparar para o futuro. Quanto mais cedo a pessoa iniciar o plano de previdência, mais cedo constituirá a reserva e o valor será mais significativo na aposentadoria”, cita.

O perfil dos participantes dos planos de previdência está mudando. “Há dez anos atrás, era comum receber em nossas agências pessoas na faixa de 50 a 55 anos, querendo comprar um plano para se aposentar em cinco anos. Como o prazo para constituição de reserva era pequeno, o plano era inviável pelo alto custo”, exemplifica Rossi. Em 94, a média de idade dos integrantes dos planos era 40 anos, número que caiu para 35 anos.

O presidente da Bradesco Vida e Previdência aposta que a reforma da previdência social discutida pelo presidente eleito Lula beneficiará a previdência privada. “Com o déficit de R$ 70 bilhões na área previdenciária, existe um trabalho de incentivar os fundos de pensão de entidades de previdência privada”, relata.

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