Previdência critica Banco Mundial

Brasília – O secretário de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, criticou as recomendações do Banco Mundial (Bird) para que países como o Brasil enxuguem seus sistemas de proteção social, restringindo-os à população extremamente pobre. De acordo com estudo divulgado por Schwarzer, a quantidade de pobres no País seria de mais de 21 milhões de pessoas caso não existissem os atuais benefícios previdenciários e assistenciais.

Para se ter uma idéia da extensão da rede de proteção social no Brasil, 82% dos idosos (aqueles com mais de 60 anos de idade) são por ela beneficiados nos dias atuais. Na América Latina, só o Uruguai tem um índice tão alto como o brasileiro. Além disso, entre os trabalhadores brasileiros com idade entre 16 e 59 anos, 63,5% também estão segurados atualmente pela Previdência, mas apenas 51,1% contribuem regularmente sobre o salário, enquanto outros 10,8% são os chamados segurados especiais, do regime de agricultura familiar.

Pela proposta do Banco Mundial (Bird), a Previdência deveria ser reformada de modo a subsidiar o benefício apenas dos muito pobres. Todos os demais trabalhadores passariam a ganhar na aposentadoria o valor corresponde à poupança capitalizada que realizaram durante a vida laboral. ?Achamos que a transição para um sistema de capitalização é completamente inviável no Brasil e pioraria os indicadores sociais do País?, afirmou Schwarzer.

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