Brasília (ABr) – A previdência social arrecadou esse ano 15,55% a mais do que no ano passado. Isso equivale a R$ 104,23 bilhões. Esse aumento deve-se, sobretudo, ao combate a inadimplência e ao aperfeiçoamento das formas de cobrança, de acordo com a diretora do Departamento de Administração da Receita Previdenciária, Liêda Amaral. Ela explica que nesse trabalho contra a sonegação foram implantados vários controles gerenciais e gestão de risco do contribuinte e como resultado a contribuição previdenciária cresceu.
Para o combate contra a inadimplência foi desenvolvida a cobrança eletrônica dos valores declarados. ?Há causas diversas para a inadimplência: há aqueles que são sonegadores contumazes e também aqueles que tiveram dificuldades de caixa, mas grande parte desse problema foi resolvido por meio de parcelamentos especiais?, conta a diretora. Ela diz que já há dispositivo legal para que essas dívidas sejam parceladas em até 60 meses.
Se todos cumprissem sua obrigação, a Previdência Social teria superávit em todos os aspectos. Como isso não acontece, o déficit do setor gira em torno dos R$ 40 bilhões. Para esse resultado tem que se levar em conta que o órgão é responsável pelo pagamento dos chamados benefícios para os empregados rurais, cuja maioria não contribuiu.
Liêda Amaral descarta a possibilidade de que o trabalhador fique sem aposentadoria caso o salário aumente em um percentual elevado, fato que muitos citam como fator que levaria a previdência à falência. ?A aposentadoria está constitucionalmente garantida. A união, inclusive, arca com eles que nem atrasos no pagamento ocorrem?, ressalta a diretora.