A Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deve recorrer da decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A agência determinou que a Previ saísse do controle da Oi ou da Telemig Celular e da Amazônia Celular. Em nota oficial, o fundo informa que “tomou conhecimento da decisão da Anatel sem ter sido antes notificada ou ter tido a oportunidade de defesa”.
“Devemos lembrar que os administradores da Previ têm o dever fiduciário de defender o valor dos investimentos realizados pelo fundo, que pertencem a milhares de participantes”, informou o fundo em nota.
Segundo a Previ, o fundo de pensão é acionista minoritário e indireto da Oi, Telemig Celular e Amazônia Celular. Justamente por isso, a instituição não teria a obrigação de se retirar do controle da Oi ou da Telemig Celular ou Amazônia Celular.
“Sem prejuízo de outras medidas que julgar cabíveis, a Previ tomará imediatamente as providências necessárias para diminuir os riscos e perdas potenciais decorrentes da decisão da Anatel”, diz a Previ.
No entanto, a Previ encaminhará para a agência a documentação que comprova seu afastamento do controle da La Fonte Participações e La Fonte Telecom, controladoras da Oi, da Telemar.
A Previ informa que não participa do controle da Telemar Participações, “não tendo capacidade de influenciar em suas decisões estratégicas”.
Opportunity
Em nota, a Previ explica que também está impedida de participar do controle da Telemig Celular e Amazônia Celular por conta da disputa com o Opportunity, controlador das operadoras.
“A Previ discute na Justiça os seus direitos por entender que as decisões tomadas pelo antigo gestor (Opportunity) de seu fundo foram prejudiciais aos interesses dos investidores.”
O fundo de pensão também questiona a agilidade da Anatel para aprovar a criação da Newtel, do Opportunity.
