Brasília (AE) – O Banco do Brasil e a Previ, o fundo de pensão de seus funcionários, estão para fechar um acordo que permitirá ao banco utilizar o superávit remanescente de R$ 2,1 bilhões, apurado pelo fundo no ano 2000, para abater as contribuições futuras devidas pela instituição à entidade previdenciária. Comunicado nesse sentido foi feito ontem pelo BB à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do BB, Aldo Luiz Mendes, a medida também terá um impacto relevante no balanço do banco, aumentando a expectativa de lucro a ser apurada até o final do ano. Mendes não soube precisar o lucro adicional que o BB terá pela utilização do superávit da Previ. Segundo ele, isso vai depender de quando o acordo poderá enfim ser fechado e da forma de contabilização a ser utilizada.
O superávit remanescente da Previ em 2000 ainda não pôde ser apropriado pelo BB por causa de ação judicial movida pelas entidades sindicais. Na época da apuração do superávit, a Previ estava sob a administração de um diretor fiscal, nomeado pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para implementar a paridade contributiva entre os participantes e o patrocinador, exigida pela reforma constitucional da Previdência promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
