São Paulo (AE) – A Amcham (Câmara Americana de Comércio) enviou uma carta com ampla defesa da manutenção do Brasil no Sistema Geral de Preferências (SGP) ao United States Trade Representative (USTR) equivalente a um ministério de Comércio Exterior dos Estados Unidos). A carta é um documento-resposta à consulta pública do USTR dentro do processo anual de revisão do Sistema Geral de Preferências (SGP), que concede isenção de tarifas para produtos de países escolhidos.

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O órgão questionava a manutenção do mecanismo, suspensão temporária ou limitação. A data limite para o encaminhamento de respostas foi na última terça-feira (5/9). A Amcham organiza também uma missão a Washington com representantes de empresas brasileiras e americanas que se beneficiam da isenção tarifária concedida pelo SGP. Estão previstas duas delegações: a primeira nos dias 19, 20 e 21 de setembro, e a segunda em 26, 27 e 28 de setembro.

A entidade realizou nos últimos meses uma série de ações pela permanência do País no programa, a Amcham também assinou uma outra carta à consulta do USTR em conjunto com US Chamber, Brazil-US Business Council, AACCLA-Association of American Chambers of Commerce in Latin America, US-India Business Council e Amcham-Rio de Janeiro. A Câmara Americana de Comércio mobilizou o empresariado para participar da consulta do USTR, disponibilizando um modelo de carta elaborado com base em informações do Itamaraty, da Embaixada Americana em Brasília e do consultor Robert Kabel.

No último mês de agosto, a Amcham enviou cartas em favor da continuidade do Brasil no SGP a 55 senadores e 56 deputados dos distritos aduaneiros de Baltimore (Maryland), Charleston (Carolina do Sul), Chicago (Illinois), Houston-Galveston (Texas), Miami (Flórida), Mobile (Alabama), Norfolk (Virgínia), Nova Orleans (Louisiana), Nova York (Nova York), Filadélfia (Pensilvânia) e Savannah (Geórgia), responsáveis por 90% das importações americanas de produtos brasileiros beneficiadas pelo sistema.

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Com as cartas enviadas, apresentou um levantamento detalhado de quanto os Estados Unidos importaram no ano passado do Brasil por meio desses 11 distritos aduaneiros. O trabalho apresentou ainda a economia que as empresas americanas obtiveram com a isenção de impostos, além dos principais setores beneficiados. Ficou claro que as companhias americanas também perdem com possível exclusão do Brasil do sistema.

Em 2005, as exportações aos Estados Unidos, o principal parceiro comercial individual do Brasil, alcançaram US$ 24,4 bilhões. Cerca de US$ 3,6 bilhões das vendas foram com o uso do SGP, o que representou uma economia às empresas americanas de US$ 128 milhões.

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