A pressão nos preços do atacado, responsável por puxar o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de setembro, deve, a partir de outubro, voltar para uma trajetória de desaceleração, comentou, nesta sexta-feira, 27, o economista da Tendências Silvio Campos Neto. “Há uma pressão importante nos preços do atacado muito por causa da questão cambial, mas também pelo movimento de preços agrícolas no exterior”, comentou.
Ele explica que, do ponto de vista cambial, a pressão tente a arrefecer, bem como em razão das safras do hemisfério norte. “Claro que ainda é uma questão volátil (a cambial), mas não está mais apontando para aqueles patamares próximo a R$ 2,50, o que dá um sinal de alívio”, completou. O IGP-M variou 1,50% em setembro e o IPA subiu 2,11%.
“É uma variação muito elevada, e evidentemente cria um risco de repasse especialmente para alimentos nos IPCs”, comentou. De acordo com ele, a piora nos índices de inflação ao consumidor também não foge do padrão sazonal, mas o quadro inflacionário já “não é confortável”.