Para cada uma das cinco novas penitenciárias que devem ser inauguradas ainda este ano no Paraná, de acordo com o governador Roberto Requião (PMDB), são necessários 180 agentes penitenciários.

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O salário é atrativo, com R$ 2,5 mil de início, um dos mais altos do País para a função. Mas quem pensa na possibilidade de tentar a profissão deve ter em mente toda a preparação necessária para a atividade, que exige equilíbrio, agilidade física e bom preparo psicológico.

De acordo com o coordenador do Departamento Penitenciário (Depen) do Paraná, Cezinando Paredes, também é preciso muita disciplina, respeito com os presos, capacidade de decisão rápida e maturidade emocional.

“O agente penitenciário é quem passa o maior tempo junto com os presos e é fundamental para tentar a ressocialização deles. E não é com violência que se vai conseguir isso”, lembra.

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Antes de o profissional entrar na unidade prisional, para auxiliar na preparação é feito um trabalho com cursos de direitos do preso e filosofia de entendimento no trabalho de ressocialização do preso, o que, segundo Paredes, é um diferencial em relação a outros estados.

“O agente tem que saber que não vai apenas abrir e fechar portão, mas também fazer revistas corporais e para buscar material proibido dentro das unidades. É preciso manter uma postura, porque vai ser exemplo para os presos”, completa Paredes.

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Opinião parecida é a do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter. “O agente vai ser referência para os presos, por isso precisa demonstrar personalidade e caráter”, aponta.

Segundo Auwerter, o Paraná precisa de mais investimento em recursos humanos no setor. “O governo priorizou, nos últimos anos, a construção de unidades penais, mas os investimentos na área humana estão deixando a desejar”, reclama.

Até agora não há perspectiva de abertura de um novo concurso para contratação de agentes. Por enquanto, ainda estão sendo chamados os aprovados no último concurso, de 2002, de acordo com a demanda.

Hoje o Paraná conta com um efetivo de quase 3,5 mil agentes penitenciários, distribuídos em 26 unidades, sendo 24 penitenciárias e dois patronatos (que atendem os egressos do sistema penitenciário). Embora não seja exigência do concurso, a maior parte dos agentes que integram o quadro paranaense hoje tem curso superior, segundo o Depen.

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