Brasília – Os presidentes do Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai assinam no próximo domingo (9), em Buenos Aires, a ata de fundação do Banco do Sul. No dia seguinte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os outros mandatários participam da posse da presidente eleita da Argentina, Cristina Kirchner.

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A ata significará um compromisso político dos presidentes de implantar o banco, pois as negociações sobre a linha de atuação do órgão e volume de recursos continuam, como disse ontem o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Luiz Melin, durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados sobre a criação do banco.

Proposto pelos presidentes venezuelano, Hugo Chávez, e argentino, Nestor Kirchner, o banco tem o objetivo de financiar projetos de desenvolvimento da região e ser uma alternativa às instituições financeiras multilaterais existentes, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (Bird).

"O Banco do Sul terá papel importante na integração da região e na consolidação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Possibilitará superar limitações de acesso a financiamentos junto a bancos multilaterais de fomento e bancos privados e fortalecerá a autonomia financeira da América do Sul", afirmou hoje o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.

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"A solidez, a viabilidade e, principalmente, a eficácia do Banco do Sul dependerão de práticas e critérios firmes de governança e administração", completou.

Depois da cerimônia de fundação, Lula participa do jantar de despedida de Nestor Kirchner. No dia seguinte, acompanha a posse de Cristina, esposa de Nestor e primeira mulher eleita a assumir o cargo – Maria Estela Martinez de Perón, a Isabelita, governou de 1974 a 1976, mas devido à morte do marido Juan Domingo Perón, pois era vice-presidente. O evento está marcado para as 15 horas (16 horas de Brasília).

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