O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reforçou nesta quinta-feira, 3, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o ritmo de cortes da Selic (a taxa básica de juros) depende das condições da economia. “Dependendo das previsões, a gente poderia manter o ritmo que vínhamos adotando. Mas isso depende das condições da economia, da expectativa de quanto vão chegar os juros no final”, afirmou.

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Em suas últimas reuniões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aplicou um corte de 1 ponto porcentual na Selic. Na ata do último encontro, publicada na terça-feira, 1º de agosto, o colegiado manteve a possibilidade de redução na mesma magnitude na reunião de setembro, se as condições permitirem. Atualmente, a Selic está em 9,25% ao ano.

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Na entrevista, Ilan Goldfajn disse ainda que, à medida que a atividade apresentar recuperação, “a inflação vai subir um pouquinho”. Segundo ele, a economia está começando a se recuperar, mas ainda há espaço para crescer.

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O presidente do BC também fez uma defesa da Taxa de Longo Prazo (TLP), criada pelo governo por meio da medida provisória 777 para substituir, a partir de janeiro, a TJLP nos contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para o presidente do BC, a TLP vai “democratizar a taxa de juros no Brasil”.

Ilan Goldfajn destacou ainda que, quando a Selic cai, as taxas de juros cobradas do consumidor final também recuam. “A taxa do rotativo para quem paga o mínimo, caiu quase pela metade”, disse. “Então, o que sugiro é que o ouvinte não deixe de pagar o mínimo. Outras taxas não são tão caras quanto o rotativo, mas também vão caindo ao longo do tempo”, finalizou.