economia

Presidente do Banco do Japão defende nova estrutura de política monetária

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, defendeu hoje a recém-adotada nova estrutura de política monetária da instituição, com o argumento de que o BC japonês está mais comprometido a impulsionar a inflação e dispõe de ferramentas eficazes para controlar os custos dos empréstimos.

“Esse é um compromisso tremendamente forte”, disse Kuroda, em notas preparadas para um discurso, sobre a última promessa do BoJ de prosseguir com medidas agressivas de relaxamento monetário até que a inflação ultrapasse 2%.

Segundo Kuroda, se os preços ao consumidor permanecerem abaixo da meta, o BoJ vai continuar relaxando sua política até o ponto em que puder projetar com segurança que o objetivo de inflação será atingido.

Na última quarta-feira, o BoJ surpreendeu os mercados financeiros globais ao introduzir uma meta de juro zero para os bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos e adotar um objetivo de inflação superior a 2%, apesar de sequer ter alcançado ainda a meta original de 2%. A meta de juro zero passou a ser o “pilar central” da política do BoJ.

O BoJ, porém, não anunciou medidas adicionais de relaxamento monetário e tornou mais flexível seu compromisso anterior de comprar até 80 trilhões de ienes em JGBs anualmente. A postura levou alguns economistas a desconfiar de que o BC japonês esteja, na verdade, começando a reverter sua política, após implementar agressivas medidas de estímulo monetário por três anos e meio.

Kuroda minimizou a flexibilização do compromisso de compras de JGBs, ao enfatizar que a nova estrutura do BoJ – baseada na meta de juro zero para bônus de 10 anos e apelidada de “controle da curva de juros” – poderá ser mais eficiente na tarefa de guiar os custos dos empréstimos aos melhores níveis para a economia japonesa.

Kuroda reiterou que as compras de JGBs do BoJ poderão ficar abaixo de 80 trilhões de ienes por ano, mas também ressaltou que o BC japonês está aberto a ampliar suas aquisições de dívida ou comprar outros ativos, se julgar necessário. Fonte: Dow Jones Newswires.

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