O presidente da Volkswagen, Pablo Di Si, se reuniu na manhã desta sexta-feira, 18, com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e disse a ele que observa “com bastante atenção” esse momento de volatilidade do câmbio, informa nota da assessoria de imprensa da montadora.
O encontro ocorreu no escritório da Fazenda em São Paulo e contou também com a presença do diretor de Relações Governamentais da empresa, Antonio Megale, que também é presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Os executivos da Volkswagen também apresentaram a Guardia o plano de investir R$ 7 bilhões no Brasil até 2020, com o lançamento de 20 modelos. Di Si, além disso, “reconheceu o bom trabalho que o Ministério da Fazenda tem feito no combate à inflação, permitindo assim melhores condições para o desenvolvimento do mercado, como o automotivo”.
A reunião ocorreu em um momento em que a indústria automotiva espera ansiosamente pelo anúncio do Rota 2030, o novo programa do governo para o setor. Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, o programa dará prazo de até 15 anos para as empresas abaterem no pagamento de impostos federais os créditos gerados por investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) realizados nos três primeiros anos do programa.
Essa fórmula de transição para uso dos incentivos fiscais foi o último ponto de um embate entre as equipes da Fazenda e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) que se arrastou por meses e precisou ser arbitrado pelo presidente Michel Temer. A expectativa é que o programa seja anunciado nos próximos dias. As equipes estão redigindo uma medida provisória (MP) e atos normativos que a regularão.