O presidente Oswaldo Pedrosa, da Pré-sal Petróleo S.A (PPSA), estatal que representa a União nos contratos de partilha de produção, engrossou o coro favorável às mudanças nas regras de exploração do pré-sal. Em palestra nesta quarta-feira, 27, o executivo classificou como “sinalização positiva” a aprovação do projeto que retira a obrigatoriedade da Petrobras atuar como operadora única dos campos do pré-sal.

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“Muita coisa ainda precisa ser feita para promover ajustes no arcabouço existente, mas a gente já observa sinalizações positivas. Uma essencial é o fim da obrigatoriedade da operadora única, e isso já está no Congresso para apreciação”, afirmou Pedrosa, em seminário do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), no Rio. O executivo também classificou como positiva mudanças nas regras de conteúdo local.

Foi a primeira manifestação favorável ao projeto do executivo. Pedrosa foi indicado para o cargo em 2013 pela presidente afastada Dilma Rousseff, uma das principais articuladoras do atual modelo de operação única da Petrobras. Também o presidente da estatal, Pedro Parente, defende a mudança. A votação do projeto na Câmara deve ocorrer em agosto.

Pedrosa estimou ainda que as cotações internacionais do petróleo devem ficar na faixa entre US$ 42 e US$ 65 até 2020 – hoje, as cotações foram negociadas na faixa de US$ 43. Para o executivo, o patamar ainda permite dizer que há atratividade para as áreas do pré-sal, uma vez que custos de opex e capex dos projetos também caíram. “Isso contribui para que os projetos sejam viáveis no médio e longo prazo”, completou.

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Em sua apresentação, o presidente da PPSA estimou que a produção de petróleo nos campos já conhecidos do pré-sal, como a área de Libra, as áreas de cessão onerosa e seus excedentes, e também os contratos em processo de unitização poderão chegar ao pico de 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia “em meados da próxima década”.

Para o gás, a produção chegaria a 140 milhões de metros cúbicos por dia. As projeções tomam como base o último plano de negócios da Petrobras, para o período 2015/2019, que deverá ser revisto em outubro.

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“Somente com esses projetos, e muitos outros virão com novas licitações, a União vai ter, com preço entre US$ 50 e US$ 70, algo entre 15 milhões e 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia para colocar no mercado. Isso vai ter um papel significante no novo modelo do setor”, ponderou Pedrosa.

Entretanto, Pedrosa indicou que toda a produção de gás na área de Libra deverá ser utilizada para reinjeção no reservatório, como forma de ampliar a recuperação de óleo na jazida. “Libra está considerando a reinjeção plena do gás produzido nos primeiros projetos. Todas as alternativas estudadas para gás não se mostraram viáveis para libra, retiraria viabilidade econômica”, completou.