O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou otimista nesta terça-feira (25) quanto à possibilidade de fechar "ainda este ano" a Rodada Doha, com a redução dos subsídios agrícolas concedidos pelos países ricos a seus produtores. Depois de elogiar a nova posição de "flexibilidade" do presidente dos EUA, George W. Bush, e dos países europeus, Lula disse que as eleições norte-americanas, no ano que vem, não vão atrapalhar nem atrasar a decisão sobre esse tema. "O mundo não pode esperar as eleições americanas para que a gente faça o acordo", declarou.
"Estamos mais perto de uma negociação do que em qualquer outro momento histórico", disse Lula. Mas reconheceu: "Vai ter ainda um pouquinho de dificuldade porque ninguém quer ceder". Ele acredita que, se os subsídios agrícolas forem rebaixados até os US$ 13 bilhões, "dará para negociar". O presidente se disse convencido de que os EUA sabem que o mundo precisa desse acordo e é preciso fazer gestos nesse sentido. "Essa é a nossa disposição e é por isso que eu estou mais otimista. Eu estou convencido de que ainda neste ano nós poderemos fechar, tranqüilamente, esse acordo, para a felicidade de todos nós.
De acordo com Lula, os países mais pobres querem ter acesso ao mercado agrícola europeu e os europeus querem que o Brasil e o G-20 abram seus mercados para os produtos industriais. "Brasil e Estados Unidos querem, também, que o acesso ao mercado agrícola europeu seja mais flexibilizado, e todos querem que o Brasil flexibilize os produtos industriais.