A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vê com preocupação a adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços no cheque especial no âmbito das novas regras anunciadas na quarta-feira, 27, e que entram em vigor no ano que vem. Em nota curta distribuída à imprensa, a entidade, que participou do debate, sinaliza desconforto com a imposição de um teto nos juros da modalidade, uma das mais caras do País.
“A Febraban considera positivas iniciativas para buscar maior eficiência e permitir a redução dos subsídios cruzados no sistema de crédito. Preocupa, entretanto, a adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços de qualquer espécie”, destaca a Federação, em nota.
A entidade destaca ainda que “medidas para eliminar custos e burocracia e estimular a concorrência são sempre mais adequadas aos interesses do mercado e dos consumidores”.
Como era esperado pelo mercado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) mudou as regras do cheque especial, conforme anúncio feito na quarta-feira. Ao mesmo tempo em que liberou os bancos a cobrarem tarifa pelo acesso ao produto, limitada a até 0,25% sobre o valor que ultrapassar R$ 500,00, estabeleceu o teto mensal de 8% nos juros cobrados na modalidade.
Em outubro, de acordo com informações do Banco Central, o juro médio do cheque especial ficou em 305,9% ao ano, equivalente a 12,4% ao mês.