Os preços dos principais produtos e serviços da Grande Curitiba ficaram praticamente estáveis entre o final de agosto e o início de setembro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação no período foi de 0,01% em Curitiba e região metropolitana, abaixo da média nacional, que ficou em 0,26%. Com este resultado, o IPCA-15 acumula no ano variação de 4,23% na Grande Curitiba e de 4,96% na média nacional. No acumulado dos 12 meses, a alta é de 5,71% e 6,20%, respectivamente.
Segundo o IBGE, os alimentos foram os principais responsáveis pela redução no ritmo de crescimento do IPCA-15, tanto na região metropolitana de Curitiba – onde passou de 0,68% em agosto para -0,43% em setembro -, como em nível nacional, onde a variação passou de 0,25% para -0,25%.
Os itens que compõem a cesta básica foram responsáveis pelas quedas mais expressivas. Caso do arroz, que ficou 2,91% mais barato, do feijão preto (-1,84%), farinha de trigo (-6,81%), tomate (-30,17%), leite pasteurizado (-4,89%) e pão francês (-1,53%).
Também houve queda nos preços das hortaliças e verduras (-6,99%), com destaque para a couve-flor (-9,59%), brócolis (-9,59%), alface (-6,55%) e repolho (-4,75%).
Por outro lado, as frutas ficaram, em média, 3,73% mais caras, com a alta da banana d’água (7,17%), do mamão (5,23%), da laranja pêra (4,59%), da maçã (4,25%). As carnes também subiram: 0,78%, em média. Os cortes com as maiores altas foram acém (2,08%) e contrafilé (1,98%).
Apesar da queda em setembro, alguns alimentos seguem pesando no bolso do curitibano. Caso do arroz, que acumula alta de 37,19% desde janeiro, o feijão preto (alta de 60,04%), tomate (59,65%), carnes (26,40%) e o pão francês (27,73%).
Os combustíveis também ajudaram a segurar os preços na Grande Curitiba, com queda de 0,81% na gasolina, de 0,94% no álcool, apesar da alta de 0,42% no óleo diesel. O grupo habitação teve alta de 0,11%, o plano de saúde ficou 0,47% mais caro e o cigarro subiu 3,96%.
País
Em nível nacional, os alimentos também ajudaram a aliviar o bolso dos consumidores, com destaque para o tomate (-38,41%), leite pasteurizado (-4,48%), batata-inglesa (-8,84%), feijão carioca (-4,24%), pão francês (-1,08%), óleo de soja (-4,08%), arroz (-1,67%%), macarrão (-1,50%) e feijão preto (-2,76%).
Dentre os produtos que apresentaram alta de preços de um mês para o outro, os destaques foram: refeição fora (de 0,94% para 1,48%), frutas (de 0,65% para 3,70%), cerveja (de 0,79% para 1,30%) e cebola (de 1,49% para 6,11%).
Quanto aos produtos não alimentícios, a variação foi de 0,38%, em agosto, para 0,41% em setembro. Entre os itens que pressionaram a taxa do mês de setembro, os destaques foram o cigarro (3,67%), telefone fixo (0,85%), captando o restante do reajuste autorizado pela Anatel no final de julho, empregado doméstico (0,94%) e taxa de água e esgoto (1,05%), refletindo aumentos ocorridos nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro (6,88%) e São Paulo (0,35%%).
Também apresentaram alta: aluguel residencial (0,62%), condomínio (0,66%), produtos de higiene pessoal (0,90%), artigos de limpeza (1,66%), cabeleireiro (1,06%) e gasolina (0,30%).
Em relação às regiões pesquisadas, Goiânia (0,66%) apresentou a maior variação em virtude do aumento da gasolina e do álcool: 10,44% e 16,54%, respectivamente. O menor resultado foi verificado em Brasília (-0,29%).