Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 14 Estados e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outras dez unidades da Federação houve alta nos preços. Em Roraima houve estabilidade e a ANP não divulgou novamente os preços nos postos do Amapá.
Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, após duas semanas de reajustes a cotação média do hidratado recuou 0,87% na semana passada, de R$ 2,411 para R$ 2,39 o litro. No período de um mês, no entanto, os preços do combustível subiram 8,39% nos postos paulistas.
O maior recuo semanal, de 3,45%, ocorreu na Paraíba, seguido pelo Amazonas, com queda de 2,44%. Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve recuo de 0,54% no preço do etanol na semana passada.
O maior aumento do etanol na semana passada, de 5,73%, foi em Goiás, seguido por Pernambuco (2,14%). A maior alta mensal também foi em Goiás, de 12,77%, e as maiores quedas no período de um mês foram em Maranhão e Tocantins, de 1,06%. Na média brasileira, o preço do médio do etanol nos postos brasileiros pesquisados pela ANP acumulou aumento de 7,06% no período de um mês.
No Brasil, o preço mínimo registrado na semana para o álcool hidratado em um posto foi de R$ 2,06 o litro, em São Paulo, e o máximo foi de R$ 4,25 o litro, no Rio Grande do Sul. O menor preço médio estadual foi de R$ 2,39 o litro, em São Paulo, e o maior preço médio foi verificado em Roraima, de R$ 4,02 o litro.
Competitividade
Os preços médios do etanol hidratado seguiram competitivos com os da gasolina em São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, segundo dados da ANP, compilados pelo AE-Taxas. O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, onde o etanol está mais competitivo, o combustível é vendido em média por 63,4% do preço da gasolina. Em São Paulo a paridade está em 67,51% e, em Minas Gerais, em 69,44%, bem próxima ao limite.
Em Goiás, o etanol custa, em média, 70,87% do preço da gasolina e é praticamente indiferente o uso dos dois combustíveis nos veículos flex. No entanto, esse porcentual vem aumentando e o biocombustível perde competitividade ante a gasolina a cada semana nos postos goianos.
A gasolina segue mais vantajosa principalmente em Roraima. Naquele Estado, onde não há fabricação de álcool e há uma dificuldade logística para o recebimento do combustível das regiões produtoras, o preço do etanol custa 8,04% mais caro do que o cobrado em média pela gasolina.