O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,62% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 7. Em outubro, a taxa havia ficado negativa em 0,45%, conforme dado revisado (-0,37% na leitura inicial).
O indicador ainda acumula altas de 5,04% no ano até novembro de 2013 e de 5,47% em 12 meses. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.
A alta de 0,62% foi a maior desde agosto do ano passado, quando o indicador subiu 1,43%. Segundo o IBGE, a desvalorização do real frente ao dólar no penúltimo mês do ano passado foi uma das maiores do ano, de 4,89%.
As principais influências para esse resultado foram as elevações em alimentos (1,22%), metalurgia (1,20%) e veículos automotores (0,72%). Os alimentos contribuíram com 0,25 ponto porcentual, enquanto a metalurgia acrescentou 0,09 pp, e os veículos, 0,08 ponto porcentual.
Na contramão, outros produtos químicos tiveram queda de 0,92% e contribuíram com -0,10 pp, impedindo uma alta ainda mais forte.
Segmentos
Dos 23 segmentos da indústria de transformação pesquisados para o cálculo do IPP, 16 subiram em novembro de 2013. As maiores altas foram registradas nos setores de fumo (5,10%), outros equipamentos de transporte (3,08%), calçados e artigos de couro (2,78%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,59%).
Ao todo, 13 desses 16 setores com avanço registraram alta acima do IPP geral (0,62% em novembro). De acordo com o IBGE, o resultado coincide com uma das maiores desvalorizações do real frente ao dólar no ano passado, a exemplo do que havia ocorrido em junho, julho em agosto. Apenas sete setores apresentaram baixa, entre eles outros produtos químicos (-0,92%), borracha e plástico (-0,56%), têxtil (-0,42%) e bebidas (-0,20%).