O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em outubro, na comparação com setembro, segundo informou hoje o Departamento de Trabalho do país. Este foi o terceiro mês seguido em que os preços de energia ajudaram a elevar o indicador de inflação.
No entanto, o núcleo do CPI – que é observado mais atentamente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) – ficou inalterado pelo terceiro mês seguido. Excluindo os preços voláteis da energia e dos alimentos, a inflação permanece estável desde julho. Os dados ficaram abaixo do previsto pelos economistas, que esperavam alta de 0,3% no CPI e de 0,1% em seu núcleo.
Em comparação com outubro do ano passado, o CPI subiu 1,2%. No entanto, o núcleo da inflação anual atingiu 0,6%, o menor nível desde que os registros começaram a ser feitos, em 1957. Esse valor é menor que a meta de inflação informal do Fed, que vai de 1,5% a 2,0%. Na relação entre outubro e setembro, os preços da energia subiram 2,6% – o quarto mês seguido de alta -, os da gasolina aumentaram 4,6% e os dos alimentos avançaram 0,1%. Em outras categorias houve recuos. Os preços de carros e caminhões usados caíram 0,9% – a maior queda desde março de 2009 – e os preços dos veículos novos recuaram 0,2%.
A inflação extremamente baixa nos EUA nos últimos meses foi um dos fatores que levou o Fed à controversa decisão de tentar estimular a economia norte-americana, imprimindo dinheiro e comprando títulos do governo. Algumas autoridades do Fed têm expressado preocupação com uma deflação, mas outras continuam receosas com a possibilidade de a recente alta nos preços das commodities ser traduzida em inflação maior. As informações são da Dow Jones.