Preços administrados caem 0,33% em julho

Os preços administrados por contrato e monitorados caíram pelo segundo mês consecutivo em Curitiba. Em junho, a variação havia sido de -1,00% e, em julho, -0,33%. A energia elétrica foi o principal item que puxou a cesta de tarifas públicas para baixo, com queda de 5,04%. Com o resultado de julho, os preços administrados acumulam no ano variação praticamente nula (0,06%) e, nos 12 meses, alta de 2,56% – abaixo de índices de inflação como o IPCA, que acumula aumento de 3,97%, e do INPC (2,87%). Os dados foram apresentados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR) e pelo Sindicato dos Engenheiros no Paraná (Senge-PR).  

A queda na tarifa de energia elétrica, em vigor desde o dia 24 de junho, teve maior reflexo no bolso do consumidor em julho. ?O governo federal, através da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), reduziu os benefícios cruzados entre alta e baixa tensão?, explicou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Com isso, a tendência é que reduza a distância entre a tarifa de energia industrial – que é mais baixa – e a residencial – mais elevada.

 Além da energia elétrica, o transporte coletivo também apresentou queda (0,65%), por conta da tarifa domingueira de R$ 1,00. A redução da cesta de tarifas públicas em julho só não foi maior por conta da gasolina, que subiu 3,58%, e do gás de cozinha, que registrou aumento de 0,23%. Ainda no segmento de combustíveis, o álcool e o óleo diesel também tiveram elevação de preços – de 4,30% e 1,59%, respectivamente -, mas ambos não fazem parte da cesta de tarifas públicas analisada pelo Dieese-PR e Senge-PR. Em julho, o custo médio dos serviços públicos para uma família curitibana ficou em R$ 485,46.

Previsão

Para agosto, conforme os resultados da primeira semana do mês, a previsão é que os preços administrados caiam novamente: -0,25%. A deflação é resultado da queda de 0,19% verificada no gás de cozinha (botijão de 13 quilos) e da redução de 1,77% no preço da gasolina. Além disso, a telefonia fixa trará impacto negativo de 0,44%, conforme determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). ?É uma queda simbólica, ainda mais se considerarmos a alta de quase 1000% nos últimos 12 anos?, apontou o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak.

A queda de 0,44% é resultado do IGP-DI acumulado de junho a dezembro de 2005 (-0,75%), combinado com o IST (Índice de Serviços de Telecomunicações) – composto pela variação do IPCA (índice usado como meta de inflação pelo governo federal) e o IPA (Índice de Preços no Atacado) de máquinas e equipamentos – e o ?fator x?, que mede a produtividade da empresa. O novo índice de reajuste passou a ser adotado este ano.

Combustíveis

Outro setor que costuma pressionar os preços administrados é o de combustíveis. Em julho, o preço médio do litro da gasolina em Curitiba ficou em R$ 2,491 – acima da média de R$ 2,405 registrada em junho. De acordo com o economista Sandro Silva, a variação ocorreu principalmente devido ao aumento da margem de lucro dos revendedores de combustíveis, que era R$ 0,214 por litro, em média, no mês de junho, e passou para R$ 0,275 – crescimento de 28,50%.

Já o preço médio do álcool combustível passou de R$ 1,466 o litro, em junho, para R$ 1,529. O economista do Dieese-PR acredita que o preço do álcool combustível continue subindo, tanto por conta da margem de lucro como por parte das revendedoras.

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