Preço impacta atacado e distribuição

Os setores atacadista e de distribuição registraram um desempenho negativo de 5,20% no mês do junho. Isso estaria ligado à alta generalizada dos alimentos e itens da cesta básica.

Com esse resultado, o setor revisou para baixo a projeção de crescimento para esse ano, de 8% para 6%. No ano passado, o setor atacadista distribuidor atingiu um faturamento de R$ 105,8 bilhões, com crescimento real de 6,5% e nominal de 10,3%, comparado com 2006.

Os números foram divulgados ontem pelo presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Geraldo Eduardo da Silva Caixeta, que classificou com exagerada e sem sustentação a alta da cesta básica, estimulada pela especulação do mercado, que canalizou investimentos nas principais commodities.

“A inflação acumulada no primeiro semestre pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 3,64%, sendo a maior dos últimos cinco anos. No entanto, os produtos considerados da cesta básica subiram em média 50% nos últimos doze meses. Essa disparidade causou impacto no conjunto de itens de consumo”, avaliou Caixeta.

Apesar desse cenário, o presidente da Abad está otimista com o crescimento do setor até o final do ano, mesmo tendo que revisar as projeções. No primeiro semestre o crescimento real atingiu 3,48%, em comparação com o mesmo período de 2007.

Caixeta aposta que o consumo deve melhorar com a estabilização dos preços dos alimentos como o feijão, arroz, soja e derivados de trigo, que impactarão positivamente no crescimento anual do setor.

Sweet Brazil

Novamente a Abad escolheu Curitiba para sediar a Convenção Anual, que está completando sua 28.ª edição. O evento, que abriu ontem e segue até dia 14 no Expotrade em Pinhais, está reunindo 240 expositores e deve receber mais de 30 mil visitantes.

A convenção é considerada o maior encontro do setor atacadista distribuidor da América Latina, e nas últimas edições também tem atraído profissionais dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.

E pelo sexto ano consecutivo está acontecendo paralelo à Feira da Abad a Feira Sweet Brazil Internacional, que está na sua 11ª edição. Durante os quatro dias da feira serão apresentados os lançamentos que os expositores pretendem comercializar no ano e em datas especiais, como Dia das Crianças e festas de fim de ano.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getulio Ursulino Netto confirmou que serão lançados na feira mais de 200 produtos.

Ao contrário do atacadista distribuidor, o setor de doces está vivendo um momento estável. Ursulino confirmou que o Brasil exportou para 142 países em 2007, e que mesmo com o reajuste de 11% nos produtos, faturaram 15% a mais com volume de 158 mil toneladas de produtos, que refletiu em um faturamento de R$ 10,4 bilhões.

Hoje o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial, com uma produção de 497 mil toneladas de chocolate e 453 mil toneladas de confeitos e balas. Só no Paraná o consumo per-capita de chocolate é de 3.850 quilos/ano.

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