Preço dos medicamentos continua inalterado

Apesar de autorizado pelo governo federal, o reajuste médio de 8,63% nos preços dos medicamentos ainda não atingiu o bolso dos consumidores. O presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), Pedro Zidoy, esclareceu ontem que o aumento, na realidade, só deverá entrar em vigor na última semana do mês ou início de dezembro, quando as indústrias já terão protolocado na Câmara de Medicamentos o índice a ser aplicado em seus produtos.

Embora o novo caderno de preços só deva chegar às lojas em dezembro, Zidoy ressaltou que as farmácias que receberem antes as listas de preços dos laboratórios já poderão fazer os reajustes. Em todas as farmácias visitadas ontem pela reportagem, os preços antigos ainda estavam valendo. As informações dos funcionários das diferentes redes eram desencontradas.

Na farmácia Nissei da Praça Tiradentes, o sub-gerente disse que aguardava a listagem de preços da ABCFarma, mas informou que os novos preços devem vigorar a partir de amanhã. Na Farmarede, o sub-gerente explicou que mantinha o preço dos remédios comprados com preço velho, mas espera os aumentos no decorrer da semana. “Vamos aplicar os reajustes à medida que cada laboratório repassar os valores”, comentou. Na Multifarma da Praça Tiradentes, a informação era que as distribuidoras receberiam ontem à noite os medicamentos com preços alterados. “Para os consumidores, o mais provável é que os novos preços venham na quinta”, disse um funcionário.

Pelos cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), o reajuste médio de 8,6% nos medicamentos terá impacto de 0,2 ponto percentual na inflação de novembro e 0,32 em dezembro, quando atingirá o mês cheio.

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