A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado – 15 (IPCA-15), em junho, ficou em 0,20% em Curitiba, depois de um percentual de 1,02% atingido em maio.
O índice deste mês é bem próximo à média nacional, que ficou em 0,19%. No acumulado do segundo trimestre, o índice curitibano ficou em 1,32%, também acompanhando a média do País, fechada em 1,30%.
No primeiro semestre, os preços subiram 3,01% na capital paranaense, e 3,35% no Brasil. O indicador, que é uma prévia do IPCA, a inflação considerada oficial, foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Depois de aumentos sucessivos no ano (o índice acumulado no período é de 6,71%), os alimentos e bebidas finalmente tiveram uma queda em seus preços em junho, ajudando a puxar o índice para baixo, em Curitiba.
A taxa desse grupo de produtos ficou em -0,42%. Se considerados apenas os itens comprados para consumo em casa, o indicador é ainda menor: -0,96%. A alimentação fora do domicílio continuou repercutindo a alta dos insumos no primeiro semestre, e encareceu 0,66%.
As oito maiores baixas entre todos os itens pesquisados pelo IBGE foram em alimentos, com a tangerina (-41,63%) e o repolho (-20,29%) ficando com as maiores quedas.
As principais altas entre os alimentos ficaram com a cebola (10,40%) e o acém (9,77%). Mesmo com a baixa em junho, o repolho ainda acumula a segunda maior alta do ano, de 53,50%. A batata, com 63,52% de aumento, é o produto que mais subiu no ano, de acordo com o IPCA-15.
Apesar da maior alta entre os produtos pesquisados entre 14 de maio e 14 de junho ter sido nas passagens aéreas, que ficaram 17,02% mais caras, o grupo de transportes foi o único, ao lado dos alimentos, que teve baixa no período.
O índice de junho ficou em -0,42% e ajudou a baixar ainda mais a taxa acumulada no ano no grupo, para -1,31%. A principal queda foi no etanol, que ficou -7,63% mais barato. A gasolina também baixou (-1,72%).
Por outro lado, o grupo com a maior alta foi o de artigos de residência, que fechou o período com índice médio de 2,12%. Os itens de mobiliário tiveram as maiores altas, com média de 3,45% – os móveis para sala subiram 6,53%. O Dia dos Namorados ajudou a encarecer as flores em 4,98%. Foi a segunda maior alta individual no grupo.
Nacional
O grupo dos alimentos e bebidas registrou queda de 0,42% no IPCA-15 de junho, ante uma alta de 1,00% em maio. De acordo com o documento de divulgação da pesquisa, alguns alimentos “ficaram bem mais baratos”, como tomate (-16,30%), batata inglesa (-11,06%) e açúcar cristal (-11,76%) e refinado (-9,49%). Apesar da queda de vários itens do grupo dos alimentos, a refeição fora teve aumento de 0,95%, repetindo a variação registrada em maio, e ficou com a maior contribuição para o IPCA-15 no mês, de 0,04 ponto porcentual.
O grupo dos não alimentícios desacelerou o ritmo de alta para 0,37% em junho, ante 0,52% em maio. O litro do etanol (-7,59%) ficou mais barato, e influenciou os preços da gasolina (-0,69%).