Os preços mundiais dos óleos vegetais devem permanecer firmes, em torno dos níveis atuais, ao longo do ano, apesar da maior oferta em importantes regiões produtoras. A avaliação é do economista Peter Thoenes, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).

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"Nos últimos dois anos, os estoques de óleos vegetais recuaram para níveis que exigem um aumento considerável na produção para impulsionar a oferta. Isso está acontecendo, mas ainda não é o suficiente", afirmou ele, acrescentando que a FAO está revisando sua perspectiva para oferta e demanda de oleaginosas e óleos vegetais, e que um relatório deve ser divulgado até o fim deste mês.

Em relatório divulgado no fim do ano passado, a FAO estimou uma queda pelo segundo ano seguido na produção de óleos e gorduras em 2007/08, o que resultaria em estoques ainda mais reduzidos. Na época, a FAO projetou um corte de 3% na produção no ano, em virtude principalmente da expectativa de redução na produção de soja.

Regiões

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Segundo a FAO, o clima tem sido favorável durante a colheita de soja na América do Sul, e a área de plantio deve aumentar nos Estados Unidos. A produção de óleo de palma também está crescendo no Sudeste Asiático. "Tem havido algum reabastecimento de estoques, mas apenas de forma parcial. Os preços podem continuar voláteis", disse Thoenes.

Na Ásia, a produção de óleo de palma da Malásia deve avançar para 17,3 milhões de toneladas, de 15,8 milhões de toneladas no ano passado, e a produção da mesma matéria-prima agrícola pela Indonésia deve crescer para 18,8 milhões de toneladas, de 16,8 milhões.

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Brasil

A produção de soja brasileira este ano deve ficar em torno de 61 8 milhões de toneladas, em comparação a 58,4 milhões em 2007, segundo ele.

Entretanto, o economista alertou que essas são apenas indicações provisórias, e que as estimativas da FAO ainda estão sendo finalizadas.