Preço do fumo foi reajustado em 10%

Florianópolis (SC) – Estiveram reunidos nesta segunda-feira, 10, em Florianópolis (SC), na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina (Fetaesc), as entidades representativas dos produtores e da indústria do fumo do Sul do Brasil, para a negociação do preço da nova safra. No encontro, as entidades presentes apresentaram suas propostas, ficando definido que o preço a ser praticado terá aumento de 10% sobre os valores da safra passada.

A representação dos produtores apresentou uma proposta que totalizava 26% de reajuste, sendo 19,1% relativos ao seu levantamento do custo de produção e 6,9% referentes à diferença, a maior, entre o preço médio auferido pelos produtores na safra passada e o preço médio da tabela de preços. A proposta do Sindifumo se baseou no levantamento do custo de produção, que apontou um aumento de 9,9%.

Este índice foi apurado levando em consideração os mesmos critérios utilizados na safra passada, o qual difere do levantamento dos produtores somente no item relativo à valorização da mão-de-obra. Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo), Claudio Henn, o aumento de 10% vai continuar cobrindo integralmente os custos de produção, ao contrário das principais lavouras de interesse econômico, como a soja, o arroz, o algodão e a uva, por exemplo, que estão operando com preços abaixo dos custos.

Para o Sindifumo, o índice pleiteado pelos fumicultores está totalmente fora da atual conjuntura econômica, especialmente das atividades agrícolas, tanto para produtos de consumo interno como para a exportação. Por outro lado, Claudio Henn destaca: "a indústria tem suportado uma ampliação significtiva em seus custos de produção, reflexo do aumento, acima da inflação, de uma série de itens como embalagens, frete e energia, onerando ainda mais a atividade".

Na reunião também ficou definido que produtores e indústria vão se reunir no mês de março para reavaliar os critérios e índices para que o levantamento do custo de produção volte a ser feito de forma conjunta.

A comercialização do fumo tem início nesta terça-feira, dia 11, em todas a empresas filiadas ao Sindifumo, já com a nova tabela reajustada em 10%. Com este índice, a classe BO1 passa a ser comprada por R$ 5,59 o quilo e o TO2 por R$ 4,49, enquanto que a arroba vale R$ 83,85 e R$ 67,35, respectivamente.

Garantias

No encontro, o Sindifumo reafirmou as garantias anunciadas antes do plantio:

– Compra de toda a produção – desde que respeitados os volumes do contrato e o cronograma de compra estabelecido;

– Pagamento do frete e do seguro do fumo do produtor até a indústria;

– Pagamento do fumo em quatro dias úteis;

– Aval dos financiamentos dos Insumos e Investimentos;

– Repactuação das débitos de produtores que honraram contratos.

Pelos levantamentos do Sindifumo a qualidade da safra deverá ser boa, esperando-se uma colheita de aproximadamente 880 mil toneladas.

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