O preço médio do etanol apresentou mais um movimento de aceleração no levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) por meio do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na média das sete capitais do País que fazem parte da coleta da instituição – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Na terceira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 22 de janeiro), o valor do combustível subiu 9,28% ante alta de 5,95% observado na pesquisa da segunda quadrissemana, referente aos 30 dias terminados em 15 de janeiro.
Quanto à gasolina, o preço médio do combustível avançou 1,70% ante 0,92% e, segundo a FGV, trouxe um impacto maior do que o do etanol na composição da taxa geral de 1,10% do IPC-S anunciado hoje.
Em entrevista à Agência Estado, o economista André Braz explicou que o motivo para esta contribuição mais significativa é o peso maior que a gasolina possui no levantamento do instituto em relação ao etanol.
“Variações no preço da gasolina, ainda que pequenas, têm um efeito maior na inflação”, disse Braz. “A questão é que estas variações que estão sendo observadas nos combustíveis não serão permanentes, pois teremos agora esta política de redução da mistura do etanol (anidro) na gasolina e uma safra já próxima da cana de açúcar”, complementou.