A queda nos preços da soja, do milho e de combustíveis e lubrificantes no atacado contribuiu para a desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) no primeiro mês de 2015, no âmbito do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Em janeiro, a inflação no atacado subiu 0,23%, contra 0,30% em dezembro, informou nesta sexta-feira, 6, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No estágio das matérias-primas brutas (-0,87% para -0,93%), contribuíram a soja (0,91% para -4,99%), o milho (4,37% para -1,61%) e a laranja (-6,44% para -9,71%). Ainda em alta, os bovinos perderam ritmo ao subir 1,40% em janeiro, após alta de 1,82% um mês antes. Em sentido contrário, pressionaram o resultado mandioca (1,19% para 21,54%), leite in natura (-5,22% para 0,05%) e aves (-3,82% para 0,57%).
Entre os bens intermediários (0,32% para -0,15%), o principal responsável pelo recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de 1,43% para -1,17%. Só o querosene de aviação ficou 12,61% mais barato, segundo a instituição.
Por outro lado, os bens finais ganharam força, passando de 1,24% em dezembro para 1,55% em janeiro. O principal responsável foi o subgrupo bens de investimento (0,30% para 1,50%). Alguns alimentos continuaram exibindo altas fortes, mas em menor ritmo do que um mês antes, como a batata-inglesa (54,14% para 34,40%).
Apesar da desaceleração no atacado, o IGP-DI subiu 0,67% no primeiro mês do ano, mais do que a taxa de 0,38% verificada em dezembro de 2014.
