A presidente da Associação da Indústria de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs), Maristela Longhi, disse que a decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) do setor moveleiro deve provocar, em média, uma redução da ordem de 20% para os preços ao consumidor, embora o movimento deva variar entre os diferentes produtos.
De acordo com a representante do setor, a medida vai estimular o segmento de móveis, que vinha sofrendo com uma forte queda nas exportações. Ela acredita que a medida deve elevar entre 18% e 22% as vendas de móveis. Maristela se mostrou satisfeita com a medida, que vale até 31 de março, mas disse que seria melhor se a duração fosse por seis meses.
Vendas
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Móvel (Abimóvel), José Luiz Fernandez, disse hoje que espera uma recuperação nas vendas em 25% nos quatro meses em que o setor receberá isenção do IPI. Ele contou que as vendas estavam sofrendo uma queda de 10% ao mês desde o início do ano. Além da retração no mercado doméstico, Fernandez disse que contribuiu para a queda nas vendas a crise financeira internacional, que afetou as exportações de móveis. “Muitas empresas não conseguem exportar e, por isso, voltaram-se para o mercado interno, acirrando a concorrência”, afirmou.
Ele disse que a previsão do setor é ter uma queda de 10% no faturamento de 2009 em relação aos R$ 20,2 bilhões registrados em 2008. Fernandez lembrou ainda que o setor hoje emprega 237 mil pessoas diretamente e representa 17 mil indústrias, na sua maioria micro e pequenas empresas.
O presidente da Abimóvel informou que o desconto no preço dos móveis para o consumidor, de início, deve ser de 5%, que é o porcentual de redução do IPI. “Esperamos que a dona de casa convença seu marido que é hora de trocar os móveis, aproveitando a desoneração. O setor no Brasil não deve nada em qualidade e design”, disse.