Desde a semana passada, quando o governo federal anunciou a redução de 6,5% no preço da gasolina, os postos têm repassado a diferença para o consumidor, mas em proporções bem menores. Nos estabelecimentos percorridos pela reportagem do Paraná-Online, a redução não passa de R$ 0,06.
É o caso do Posto Presidente, bandeira BR Petrobras, que vendia o litro da gasolina por R$ 2,03 e reduziu para R$ 1,99 na última quinta-feira. Segundo a gerente do posto, Claudete Ventorim, a redução só não foi maior porque as distribuidoras não repassaram queda de 6% pelas distribuidoras, conforme o anunciado pelo governo federal. “Nosso preço de custo era de R$ 1,91 e passou para R$ 1,88. Isso dá menos que 3%”, alega Claudete. Segundo ela, a margem de lucro é de quase R$ 0,13, enquanto antes da redução, R$ 0,09.
No Auto Posto da Vinci, da Shell, a situação é semelhante. O posto vendia o litro da gasolina por R$ 2,05 até a sexta-feira passada e agora negocia por R$ 1,99. Segundo o gerente Diego de Oliveira Leite, a margem de lucro, que era de R$ 0,08 a R$ 0,10 passou para R$ 0,11 com o novo preço. De acordo com ele, o mínimo necessário seria obter margem de lucro de R$ 0,19. “Eu tenho que baixar a margem para me manter no mercado”, diz. Segundo ele, a concorrência é um dos principais fatores que forçam o posto a manter o litro da gasolina a menos de R$ 2,00.
Preços menores
Para o mês de junho, a expectativa é que o preço da gasolina sofra nova redução, por conta do aumento de percentual do álcool – de 20% para 25% – na gasolina, anunciado pelo governo federal para o dia 1.º de junho. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese, o percentual de redução vai depender de quanto estará cotado o litro do álcool na época. Hoje, ele está sendo vendido por R$ 1,04 a R$ 1,05, sem impostos. “Se for em cima do que custa hoje, a redução vai ser de quase cinco centavos em cima do preço da gasolina”, aponta Fregonese.