O preço da cesta básica subiu em novembro em 11 das 17 capitais do País em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Apesar do movimento predominante de alta, os técnicos do Dieese ponderam que se trata de variações menores se comparado com outubro. As variações mais expressivas foram anotadas em Vitória, onde o preço da cesta de alimentos essenciais sofreu um reajuste de 5,90%, e em Recife, cidade em que os gastos com a alimentação básica subiram 3,44%. Do lado das quedas, as mais fortes foram apuradas em João Pessoa (1,40%) e Florianópolis (0,79%).
Ainda de acordo com os pesquisadores do Dieese, o preço da cesta básica em Porto Alegre continuou a ser o maior do País, mesmo tendo registrado uma queda de 0,34% no mês passado. Para levar os alimentos básicos para casa no mês passado, o consumidor gaúcho com baixa renda teve que desembolsar, em média, R$ 239,00. Em São Paulo, o preço da cesta não ficou muito longe da registrada em Porto Alegre: fechou em R$ 238,66. Os menores preços foram registrados em João Pessoa e Recife, com R$ 174,83 e R$ 175,22, pela ordem.
Salário mínimo
O salário mínimo ideal para atender as necessidades básicas de uma família composta por quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – em novembro seria de R$ 2.007,84. É a este valor que chegaram os técnicos do Dieese ao fazer suas contas com base no preço da cesta básica mais cara do País.
O salário proposto pelo Dieese corresponde a 4,83 vezes o mínimo vigente hoje no País, que é de R$ 415,00. Em outubro, de acordo com os técnicos do Dieese, o valor necessário para arcar com as despesas de uma família nos parâmetros do Dieese com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência seria de R$ 2.014,73 ou 4,85 vezes o valor do piso nacional. Em outubro do ano passado, o mínimo sugerido era de R$ 1.726,24, ou 4,54 vezes o mínimo daquele período, que era de R$ 380,00.