Preço baixo e alta de custo afetam resultado da Cosan

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cosan, Paulo Diniz, afirmou nesta quinta-feira (31) que o resultado do ano fiscal 2008, correspondente ao ano-safra 2007/08 (maio de 2007 a abril de 2008), foi prejudicado pelos preços depreciados do açúcar e do álcool e pela inflação de custos verificada no período. A apreciação do real ante o dólar também apresentou impacto negativo no resultado operacional da companhia, mas contribuiu para o resultado financeiro.

Entre maio de 2007 e abril de 2008, a Cosan SA apresentou prejuízo de R$ 47,8 milhões, ante lucro líquido de R$ 357,3 milhões no ano fiscal anterior. No quarto trimestre, o prejuízo foi de R$ 5,3 milhões, ante resultado positivo de R$ 164,7 milhões no mesmo intervalo do ano anterior. Já a Cosan Ltd. apresentou lucro líquido de US$ 16,6 milhões no último ano-safra o que representa uma queda de 90%. Note-se que os dados referentes ao período anterior à constituição da Cosan Ltd. foram elaborados de maneira pro forma com base na Cosan SA, como se a Cosan Ltd. existisse antes à data de sua criação.

“O último ano fiscal foi muito peculiar, marcado por preços médios dos produtos vendidos bastante deprimidos, ocasionados por um superávit mundial de produção, inflação de custos e por um efeito cambial que prejudicou a nossa receita com exportações”, afirmou Diniz, em teleconferência com jornalistas.

No caso específico da Cosan SA, o executivo comentou que houve uma discrepância nas divisões de produção, mercado e estratégia. Do lado da produção, o ano foi extremamente positivo, com um recorde de moagem de cana de 40,3 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 11,5%. Considerando um rendimento da cana ligeiramente inferior ao verificado no ano-safra anterior, a produção total da Cosan cresceu 8,5%, para 6.365,8 mil toneladas, sendo destinado 57% do total para açúcar e 43% para etanol.

Já em termos operacionais, houve uma queda de 33,5% nos preços do açúcar comercializado pela Cosan, enquanto o preço médio do etanol recuou 20,4%. As vendas recordes de etanol, que atingiram 1.568,4 milhões de litros, representando uma alta de 18%, não foram suficientes para evitar uma queda de 18,6% na receita operacional líquida, que ficou em R$ 2,736 bilhões.

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