Os principais itens que compõem o prato dos brasileiros ficaram mais caros na passagem de julho para agosto, o que ajuda a explicar a alta de 0,72% no grupo alimentação e bebidas, que por sua vez puxou a inflação de 0,37% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Em agosto, os alimentos foram responsáveis praticamente pela metade da taxa do IPCA”, disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

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Ficaram mais caros o arroz (1,82%), o feijão carioca (0,58%), o feijão preto (0,37%), as carnes (1,84%), o frango (2,74%), os pescados (1,76%) e a linguiça (1,48%).”Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no pescado. A típica refeição do brasileiro. São produtos importantes que aumentaram em agosto”, afirmou Eulina.

“As carnes, que têm peso muito forte, estão em período de entressafra. Em geral, elas aumentam no segundo semestre do ano. Mas os produtores também estão vinculando o preço mais alto aos aumentos dos custos de produção, por causa dos preços do milho e da soja. Os gastos estão mais altos com ração”, disse.

Também subiram os preços do açúcar cristal (3,90%), do açúcar refinado (3,22%), do leite pasteurizado (1,83%), do café moído (1,42%), dos ovos (0,60%) e do pão francês (0,63%).

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“O açúcar cristal e o refinado sofrem influência da cana-de-açúcar. A safra vai ser menor do que a do ano anterior, e os problemas climáticos têm afetado a qualidade da cana. Então, o açúcar vem pressionando a taxa”, explicou a coordenadora do IBGE.