O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, reafirmou hoje a decisão do governo brasileiro, de contestar junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) as retaliações comerciais que o Brasil vem sofrendo por parte da União Européia, seja com relação ao açúcar e frango brasileiros, como a uma possível contestação por parte dos europeus do Programa Brasileiro do Álcool (Proálcool). ?Se eles questionarem o Proálcool será muito engraçado, porque não há nenhuma subvenção. São eles que subsidiam a sua produção de açúcar?, afirmou.
Em solenidade no Palácio do Planalto, na qual foram anunciados novos programas de apoio ao setor rural, Pratini disse que o governo brasileiro irá reagir com firmeza contra o aumento da tarifa de importação para as exportações de peito salgado de frango. Com o aumento do teor de sal desse tipo de cortes de frango, a União Européia quer aumentar o imposto de importação de 15% para 75% a partir do mês que vem. ?Não vamos aceitar este tipo de protecionismo?, disse o ministro. Salientou que as retaliações comerciais dos países ricos serão cada vez maiores à medida em que o Brasil se torna mais competitivo na área agrícola.
O ministro informou ainda que o Ministério da Agricultura não recebeu nenhuma notificação da União Européia sobre a identificação do antibiótico Nitrofurano em lotes de frango exportado por empresas brasileiras. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério já está enviando informações ao Comitê Veterinário da organização para comprovar que o uso deste tipo de medicamento está proibido no Brasil desde maio deste ano.