PR registrou crescimento de 6% no emprego industrial

O emprego na indústria do Paraná cresceu 6% em janeiro, em comparação com igual mês do ano passado. Foi o maior índice entre os 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional ficou em 3,2%. Apesar do bom desempenho, o emprego industrial no Estado vem revelando desaceleração: em novembro do ano passado, o crescimento havia sido de 6,8% e, em dezembro, 6,3%. No acumulado dos 12 meses, o crescimento foi de 4,5%, contra alta de 2,2% em âmbito nacional.

Para a economista Denise Cordovil, da coordenadoria da indústria do IBGE, a desaceleração do nível de emprego registrada em janeiro não é motivo de preocupação. ?A produção nos últimos meses veio mostrando certa acomodação, e isso reflete no emprego. De qualquer forma, o emprego continua crescendo, só que a taxas menores?, afirmou. Em relação a anos anteriores, janeiro de 2005 apresentou o melhor resultado, com crescimento de 6%. Em 2004, havia sido de 1,7%; em 2003, alta de 2,4% e, em 2002, queda de 2,1%.

Dos 18 setores pesquisados pelo IBGE, 12 apresentaram aumento do nível de emprego no Paraná. Os principais impactos positivos vieram da indústria de alimentos e bebidas (11,2%), vestuário (23,8%), meios de transporte (17,7%), minerais não metálicos (14%) e refino de petróleo e produção de álcool (18,8%). ?A maioria destas indústrias é voltada para o mercado interno e externo, como é o caso de alimentos e bebidas e meios de transporte?, destacou Denise.

Na contramão, apresentaram queda do nível de emprego as indústrias de outros produtos da indústria de transformação (-10,7%), têxtil (-3,3%), máquinas e equipamentos (-1,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-1,8%), produtos de metal (-1%) e indústria extrativa (-4,2%).

País

Na comparação com janeiro de 2004, as admissões superaram as demissões em 12 dos 14 locais pesquisados. O resultado de 3,2%, no índice mensal de janeiro foi influenciado, mais uma vez, pelo desempenho positivo das indústrias de São Paulo (2,6%) e Minas Gerais (5,3%), seguido pelo Nordeste (4,3%), Paraná (6%) e Santa Catarina (5,8%). As únicas contribuições negativas vieram das indústrias do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul (-1,2%) apresentou a principal contribuição negativa, pressionado pelo resultado de sete setores, sobressaindo calçados e couro (-13,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-8,6%). O Rio de Janeiro teve taxa negativa (-1,0%), após três meses de resultados positivos. Na indústria fluminense foi verificado decréscimo do emprego em oito segmentos, principalmente em vestuário (-10,2%) e produtos de metal (-18,8%).

Folha de pagamento

Em relação a janeiro de 2004, o valor da folha de pagamento real registrou aumento de 5%, com crescimento em 12 dos 14 locais pesquisados. No Paraná, onde a alta foi de 8,8%, houve aumento da folha de pagamento em 13 das 18 atividades. Os setores que contribuíram com impacto positivo foram indústria de alimentos e bebidas (aumento de 21,5%), meios de transporte (25,5%) e vestuário (21,1%). Na outra ponta, apresentaram queda a indústria de outros produtos da indústria de transformação (-18,5%), máquinas e equipamentos (-3,9%) e têxtil (-3,6%). Compõem este índice os salários, pagamentos de benefícios, 13.º salário, férias, entre outros. As demissões e admissões também contribuem para a formação do índice.

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