O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) autorizou a alienação de 2.095.644 ações ordinárias detidas pela Eletrobras Participações no capital social da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo. A decisão, deliberada na segunda-feira, 2, pelo colegiado, consta de resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, dia 3.
Há duas semanas, o presidente Michel Temer também acatou recomendação do PPI e incluiu a fatia que a União detém no capital social da Eletropaulo no Programa Nacional de Desestatização (PND). Ao todo, a participação acionária da União na empresa soma 13.342.642 ações ordinárias.
As iniciativas do governo ocorrem depois da compra da Eletropaulo pela italiana Enel, por R$ 5,55 bilhões. O negócio foi fechado em leilão na B3 no dia 4 de junho. A partir daí, os acionistas que não haviam aderido à oferta pública de ações tinham 30 dias para decidir pela adesão ou não. Na ocasião, o jornal O Estado de S. Paulo apurou que a União, com 7,97% das ações da concessionária, não conseguiu vender sua participação porque os papéis estavam como garantia de uma ação antiga.
A americana AES e o BNDES estão entre os principais acionistas da distribuidora de São Paulo, com 35,57% de participação na empresa.
A Enel venceu o leilão com uma oferta de R$ 45,22 por ação enquanto o lance da rival Neoenergia foi de R$ 39,53. A operação já tem aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).