A poupança completou um ciclo de 14 meses consecutivos com captação líquida positiva em outubro. Esse é o maior período ininterrupto de crescimento dos depósitos desde o início do real em 1994. No mês passado, os depósitos superaram os saques em R$ 1,807 bilhão. Com esse resultado, a mais tradicional das aplicações financeiras registrou o ingresso de R$ 21,526 bilhões no acumulado de 2007. Captação líquida é a diferença entre os depósitos e os saques feitos pelos poupadores.
Conforme relatório do Banco Central divulgado hoje, outubro teve depósitos totais de R$ 92,525 bilhões. O valor foi superior às retiradas, que atingiram R$ 90,717 bilhões no mês. Com o ingresso de mais recursos e o rendimento de R$ 1,155 bilhão observado em outubro, as poupanças acumulavam R$ 221,110 bilhões no fim do mês passado.
O novo fôlego da poupança coincide com a mudança de patamar dos juros, que caíram entre setembro de 2005 e setembro de 2007. Nesse período, a taxa Selic – principal referência para os fundos de investimento mais tradicionais – caiu 8,5 pontos porcentuais, o que reduziu a atratividade de aplicações populares como o Fundo DI. Essa perda de competitividade e a ausência do Imposto de Renda levaram muitos investidores de volta para a poupança.