Felipe Rosa
Não existe milagre pra baixar valor, diz empresário.

Em vários postos de combustíveis em Curitiba, a gasolina, que até poucos dias não era encontrada abaixo de R$ 2,79, já é vendida por valores entre R$ 2,55 e R$ 2,59. Embora algumas distribuidoras tenham reduzido o preço de repasse para até R$ 2,20 -contra R$ 2,31 na semana anterior, estabelecimentos percorridos pela Tribuna mexeram em outros setores, como loja de conveniência e forma de pagamento, para baixar os preços.

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De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina caiu de R$ 2,71, na semana retrasada, para R$ 2,69, na última. Para praticar preços menores, um proprietário, que preferiu não se identificar, explica que aceita pagamento somente em dinheiro. O valor que deixa de pagar das taxas dos cartões de crédito e débito permite baixar a margem do preço do combustível.

Em outro posto, o proprietário diz que “não existe milagre para baixar o valor”. “Eu trabalho com poucos funcionários, não pago aluguel nem o transporte do combustível, então consigo preço mais baixo”, comenta. Ele afirma também que o valor varia de acordo com o fornecedor e a bandeira do posto, pois cada distribuidora cobra preço diferente. Também dono de posto bandeira branca, observa que o consumidor se interessa primeiro pelo preço. “Quando os valores estão bem abaixo, os postos de bandeira branca vendem mais, mas quando os valores estão próximos, o consumidor opta pelo posto com bandeira”.

Conveniência

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Outra tática adotada por postos, principalmente os que trabalham 24 horas e têm melhor localização, é baixar o preço dos combustíveis para atrair clientes e ter a compensação na loja de conveniência. Existem casos em que o lucro é maior com a venda de produtos da loja do que com combustível. Mas a proximidade de supermercados pode ter efeito contrário, já que vendem alimentos, bebidas e até óleos lubrificantes mais baratos. Por isso, alguns proprietários de postos deixaram de lado a troca de óleo e não investem em vendas de produtos nas lojas de conveniência.

Vale optar pelo álcool

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Alguns motoristas ficam em dúvida na hora de parar na bomba de combustível por causa da diferença de preço entre o etanol e a gasolina. De acordo com especialistas, por causa do rendimento, para valer a pena abastecer com etanol é preciso que o preço do litro seja 70% inferior em relação à gasolina. Para calcular é preciso dividir o preço do etanol pelo preço da gasolina e multiplicar o resultado por 100%. Com o álcool custando R$ 1,69 e a gasolina R$ 2,59 na maioria dos estabelecimentos, a diferença é de 65,3%, portanto, do ponto de vista econômico, vale a pena optar pelo primeiro.