O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve iniciar nesta semana um novo ciclo de altas da taxa básica (Selic), que tem tudo para acirrar a polarização entre economistas ortodoxos, mais ligados ao BC, e os desenvolvimentistas, cujo pensamento tende a coincidir com as posições do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e seus assessores.

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No mercado financeiro, o debate central é se o Copom, que se reúne na terça e quarta-feira, vai elevar a Selic, hoje em 8,75%, em 0,5 ou 0,75 ponto porcentual, o que a levaria a, respectivamente, 9,25% ou 9,5%. Pesquisa da Agência Estado, encerrada na sexta-feira, e que ouviu 66 instituições, mostra que todas preveem alta.

As projeções do mercado de aumentos totais da Selic em 2010 e 2011 variam de 2 a 5 pontos porcentuais – neste segundo caso, a taxa básica chegaria a quase 14% em 2011. A projeção média do mercado é de uma inflação de 5,3% em 2010, acima do centro da meta de 4,5%. O aperto seria para levá-la de novo ao centro da meta ao longo de 2011.

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