O governo de Portugal afirmou hoje que tomará qualquer medida adicional necessária para atingir as metas fiscais dos próximos três anos, mas advertiu que os riscos para a zona do euro estão aumentando. “Atingir a consolidação fiscal e proteger grupos vulneráveis continuam sendo uma prioridade”, disse o Ministério das Finanças em um documento atualizado das políticas econômicas e financeiras concordadas com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação ao pacote de 78 bilhões de euros.

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No documento, datado de 1º de setembro, o ministério diz que o desemprego segue estável, as exportações estão relativamente sólidas, e a previsão continua sendo de contração do Produto Interno Bruto (PIB) em ritmo mais acelerado no segundo semestre.

“Além disso, há riscos de baixa surgindo de um ambiente externo menos favoráveis do que o projetado alguns meses atras”, destaca o documento. A revisão foi divulgada hoje, seguindo-se a missão do FMI e da União Europeia a Lisboa no mês passado, a qual avaliou que Portugal está tomando as medidas necessárias para atingir as metas fiscais e conduzir as reformas.

Em carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, com data de 1º de setembro, o ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar, e o presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, disseram que o governo e o Banco Central Europeu continuam prontos para garantir liquidez suficiente ao sistema bancário, acrescentando que os bancos mantêm o processo de desalavancagem e de fortalecimento dos colchões de capital. “Estamos prontos para tomar medidas adicionais que possam ser necessárias para garantir os objetivos do programa econômico”, disseram. As informações são da Dow Jones.

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