A paralisação de 12 horas, programada pelos trabalhadores para acontecer ontem nos terminais do Porto de Paranaguá, acabou não acontecendo. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá (Sindestiva), Nesias Paulino de França, a idéia foi abandonada após um pedido da comissão formada pelo governo do Estado para resolver o impasse entre portuários e operadores com relação ao pagamento do fundo social. De acordo com ele, o grupo teria pedido mais tempo para negociar com os empregadores.
O trabalho da comissão parece ter surtido efeito. Após uma reunião realizada na tarde de ontem, o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindop) afirmou que as negociações com os trabalhadores devem ser reabertas. ?Achamos que eles devem ser os primeiros a saber e vamos enviar a notificação oficial amanhã pela manhã?, disse.
No aguardo da decisão dos operadores, os filiados do Sindestiva realizaram assembléia. De acordo com Nesias, a posição foi de cautela, mas uma paralisação para amanhã foi descartada. ?Fomos informados que eles estão dispostos a negociar, mas que há algumas condições. A princípio vamos esperar a comunicação oficial para tomar nossa posição?, explicou.
Fundo
A discordância entre patrões e empregados começou com o corte de um fundo social, que era recebido pelos trabalhadores. Segundo o Sindestiva, o dinheiro, que representava 1,5% do montante de mão-de-obra (MMO), era usado para assistência médica dos estivadores. A paralisação de ontem seria a segunda realizada pela categoria, que busca a restituição do benefício.