O aumento do escoamento de soja pelos portos do Arco Norte e a retomada das operações da Hidrovia Tietê-Paraná devem desafogar o fluxo de caminhões para os portos do Sul e Sudeste em 2016, apontou o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, em entrevista na noite desta quinta-feira, 25, ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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A declaração foi dada nos bastidores do 2º Seminário de Previsão de Safra da associação. Ele reafirmou a projeção de que o Brasil deve exportar 57 milhões de toneladas de soja em 2016 e que, deste volume, 4 milhões de toneladas devem ser escoadas pelos portos do Norte e Nordeste do País.

“Tudo o que você está exportando a mais está saindo por lá”, disse Mendes. “Isso ajuda muito os exportadores, porque os portos do Sul estão congestionados.” Ele estima que, por causa dos 4 milhões de toneladas direcionadas para os terminais do Arco Norte, 114 mil carretas devem deixar de descer para os terminais do Sul e Sudeste ao longo do ano.

Ainda conforme Mendes, o transporte de cargas via Hidrovia Tietê-Paraná, que foi retomado no fim de janeiro, também deve contribuir nesse sentido, fazendo com que outros 4 milhões de toneladas deixem de ser transportadas por caminhão entre São Simão (GO) e o Porto de Santos. Isso pode significar outras 114 mil carretas a menos fazendo esse trajeto, segundo o secretário-geral da Anec.

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Mendes também voltou a criticar a mudança na tributação de exportação em Goiás e reforçou que os representantes do setor produtivo devem recorrer à Justiça caso não haja acordo com o governo do Estado. “Se você não acabar com essa questão agora, abre a porta para todos os outros Estados fazerem a mesma coisa. Aí acabou a Lei Kandir”, assinalou.