De janeiro a julho deste ano, os portos do Paraná exportaram 232,4 mil toneladas de papel. O volume é 27,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e coloca os portos do Estado como os maiores exportadores de papel no País, juntamente com o Porto de Santos. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Considerando a receita cambial gerada pelas exportações do produto, o aumento foi ainda maior. Até julho, as exportações de papel geraram uma receita de US$ 157,6 milhões, valor 70,5% maior se comparado com o mesmo período do ano passado.
A Klabin é um dos principais usuários dos portos paranaenses. Sozinha, a empresa exportou, em 2007, 135 mil toneladas de papel pelos terminais do Estado. Das mais de 10 mil toneladas de papel que a empresa exporta por mês pelos Portos do Paraná, quase 60% chega por ferrovias.
Aldo Bastos, gerente de Supply Chain da Klabin, explica que a escolha do uso do modal ferroviário se deu basicamente por duas razões: necessidade de atender à grande escala de produção aliada à competitividade e custo.
“Nós estamos dimensionando exportar por Paranaguá 200 mil toneladas por ano de papel, considerando nossa fábrica de Telêmaco Borba. Atualmente, estamos fazendo cerca da metade porque ainda não estamos produzindo a nossa capacidade total”, explicou.
Crescimento
Bastos relatou que ao escolher o modal ferroviário e escoar a produção por Paranaguá, a Klabin consegue cerca de 20% de redução de custos, considerando toda a cadeia de produção. Para este ano, a expectativa da empresa é repetir os volumes registrados no ano passado.
“Este ano temos que levar em conta algumas situações como a depreciação do dólar que fez com que as exportações recuassem um pouco. Com isso, o mercado interno está mais aquecido e as exportações para a Argentina devem crescer também”, afirmou.
Já para 2009, a expectativa é de crescimento. “Somos uma empresa voltada para o mercado externo e o Porto de Paranaguá é prioritário para nós porque está próximo da nossa fábrica em Telêmaco e também da unidade que temos em Santa Catarina, conseguindo escoar tudo por trens”, disse.
Outra vantagem do Porto de Paranaguá para a empresa é a infra-estrutura de armazéns de retroárea. Hoje, a Klabin trabalha com três armazéns e já está negociando o uso do quarto armazém.