O Porto de Santos deverá receber tecnologia alemã para ajudar a resolver seus problemas de acessibilidade. A informação foi divulgada pelo Ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, durante o workshop “Tecnologias da Alemanha para a Infraestrutura do Porto de Santos” realizado hoje em Santos (SP).
“A nossa expectativa é que o governo da Alemanha, que está trazendo aqui uma grande comitiva de empresários, possa oferecer para nós o que mais estamos precisando no momento, que é uma alternativa para viabilizar a acessibilidade terrestre ao Porto de Santos”, disse o ministro, explicando que há muitas empresas alemãs já instaladas no Brasil que poderiam participar de concorrências para realizar obras no Porto de Santos.
Segundo Brito, a SEP recebeu hoje um “projeto conceitual” de soluções para o acesso rodoviário ao Porto de Santos, mas os estudos futuramente vão abordar questões referentes ao acesso aquaviário e uma ligação seca entre as duas margens do cais santista.
“Nós vamos naturalmente avaliar (os estudos) e depois discutir com o próprio governo da Alemanha essas alternativas”, disse Brito, afirmando que, por enquanto, o projeto teve “custo zero” para o País e as sugestões apresentadas serão discutidas também pela comunidade portuária. “A ideia é que até março do próximo ano, com a vinda o ministro dos Transportes da Alemanha, possa ter o projeto concluído para se ter já a assinatura de algum contrato em relação a isso”.
O ministro destacou o conhecimento da Alemanha em logística e afirmou que embora o Brasil também possua conhecimento na área é importante contar com a experiência de outros países. “A Alemanha, por exemplo, é o primeiro país do mundo que domina toda a arte da logística, a Alemanha tem nota máxima em logística, não podemos desprezar esse conhecimento”, disse ele, destacando o sistema intermodal adotado pelo Porto de Duisburg, o maior porto fluvial do mundo.
“A plataforma logística do Duisburg é uma plataforma cujo modelo nos interessa implantar em Santos. O modelo é se retirar da Baixada Santista o congestionamento que nós temos de caminhões e também, por consequência, o congestionamento eventual de navios porque tudo isso implica em custos adicionais para nossa matriz exportadora e também importadora. O que nós queremos é criar plataformas logísticas fora da cidade que terão acesso, por exemplo, através de barcaças e ao invés de nós termos aqui só caminhões chegando para carregar e descarregar contêineres, essas barcaças podem substituir 75 caminhões de uma vez só”, concluiu.