O Porto de Paranaguá inaugura hoje um novo sistema de sinalização náutica, que propiciará mais segurança à navegação no Canal da Galheta, principal acesso aos terminais marítimos paranaenses. O investimento é de R$ 3,5 milhões. A demarcação do canal com sinais mais modernos e seguros vai atender uma área de 13 milhas náuticas, o que conferirá ao porto paranaense a maior obra de sinalização e balizamento do Brasil.
“Com a garantia de mais segurança à navegação, os benefícios comerciais ao nosso terminal serão imediatos”, disse o assessor da superintendência do porto, José Roberto da Silva Santos. Segundo ele, os navios virão com maior segurança e freqüência os portos do Paraná, pois sabem que encontrarão sinais náuticos de última geração. “Esta garantia vai permitir a redução do custo de seguro dos navios e, com isso, garantir que mais cargas sejam contratadas para Paranaguá”, explicou.
A sinalização náutica que será substituída diz respeito somente às bóias luminosas que balizam a navegação dos navios nos canais que dão acesso ao porto de Paranaguá. A manutenção desses sinais é uma atribuição da Autoridade Portuária, conforme prevê a lei de modernização dos portos brasileiros.
Entre os portos de Paranaguá e Antonina existem 65 sinais náuticos, dos quais 40 estão sendo substituídos este ano. A administração do Porto optou por substituir primeiro os sinais luminosos, entre a entrada do Canal da Galheta e o Porto de Paranaguá, por onde navegam os navios de grande porte.
As bóias antigas, feitas de aço, que pesam cerca de dez toneladas cada uma, estão sendo substituídas por bóias de polietileno, um material plástico mais resistente, com apenas 2 toneladas cada uma. As vantagens operacionais da substituição são imensas, segundo José Roberto Santos. “Uma vantagem é a queda no custo de manutenção deste sistema, calculada em até 60% em relação às bóias de aço”, disse ele.
A manutenção das bóias antigas é mais cara, porque exigem a retirada do mar, jateamento e pintura para ficarem em condições de reutilização. Esse trabalho exige mobilização de pessoal especializado. As bóias de polietileno podem ser limpas no próprio local, sem precisar de deslocamento para a terra. Segundo Santos, as bóias de aço que serão substituídas serão devolvidas à Marinha, a quem pertencem.
Monitoramento
Outra grande vantagem está no controle operacional das bóias modernas, através do monitoramento on-line. Por meio de um painel de comando, instalado na sede administrativa do Porto, será possível identificar qualquer movimentação das bóias que possa alterar a localização desses sinais. Em caso de deslocamento provocado pela ocorrência de tempestades e ventanias, ou mesmo pela movimentação do mar em decorrência da passagem de um navio de grande porte, um alarme soa na sala de comando, que dará a posição contínua do deslocamento da bóia.
Segundo Santos, com as bóias de aço já houve casos até de perdas desses equipamentos. Além do transtorno por causa do comprometimento da segurança para os navios, a perda exige a mobilização de equipes para localização. Outra vantagem apontada por Santos é a identificação de possíveis problemas, on-line. Se houver qualquer dano nas bóias, o alarme já aponta as causas, o que permite deslocar uma equipe já dirigida para o conserto do equipamento.