Está atracada no porto de Paranaguá a draga HAM 310, que vai realizar a dragagem emergencial do Canal da Galheta. Ela chegou por volta das 10h de ontem e ficará no cais até que seja entregue toda a documentação exigida por órgãos, como Capitania dos Portos, Ministério do Trabalho, Polícia Federal e Receita Federal. A previsão é que a dragagem comece em 10 dias.

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O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, disse que, paralelamente à dragagem, a Appa vai contratar simulações de navios no Canal da Galheta.

“Quando terminarmos a dragagem, concluiremos todo o processo de simulação, realizado em conjunto com a Universidade do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo e apresentaremos os relatórios de conclusão à Capitania dos Portos. Estes relatórios de simulação vão permitir que a capitania libere os portos do Paraná para navios acima de 300 metros, que são os navios chamados Pós-Panamax”, explicou o superintendente.

Atualmente, a norma de navegação vigente em Paranaguá que data de 1999 permite a entrada de navios de até 285 metros (os chamados Navios Panamax). Durante a reunião, que teve com o novo comandante da Capitania dos Portos em Paranaguá, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Antônio Nóbrega Rios, o superintendente da Appa falou sobre o desejo de aumentar o tamanho dos navios que podem ser recebidos nos portos do Paraná.

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De acordo com o superintendente, os navios graneleiros de grande porte permitem queda acentuada no custo do frete. Para navios de soja e milho, por exemplo, o custo chega a ser US$ 20 menor que em navios de menor porte.

“Isso representa maior competitividade dos nossos grãos nos mercados internacionais. A crise econômica internacional é uma oportunidade para que nós melhoremos nossa infraestrutura e possamos receber navios maiores. Com isso geramos mais renda não só na comunidade portuária, mas em toda a economia, onde a influência dos portos paranaenses é evidente”, afirmou o superintendente.

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Para o diretor-superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Juarez Moraes e Silva, a realização da dragagem no Canal da Galheta é vital para o porto de Paranaguá.

“O porto de Paranaguá depende estrategicamente do resgate da profundidade do Canal da Galheta. Só assim poderemos desenvolver projetos que contemplem navios maiores, porque as embarcações não param de crescer. Num ambiente de crise econômica nós temos que dar mais produtividade ao nosso porto, para baratear o custo total e viabilizar as operações”, disse.