Foto: Arquivo |
Porto de Paranaguá: paralisação atingiu quase 3 mil empregados. continua após a publicidade |
Um protesto interrompeu ontem por 12 horas as operações do Porto de Paranaguá. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), Nesias Paulino de França, a paralisação foi uma reação ao corte nos repasses feitos pelos operadores portuários para o fundo que garante assistência social para a categoria.
Os trabalhadores cruzaram os braços a partir das 7h e só retomaram os trabalhos às 19h. De acordo com o Sindestiva, a paralisação atingiu quase 3 mil empregados entre estivadores, conferentes, arrumadores, consertadores, portuários e vigias. ?Nós estamos reivindicando a volta dos repasses, que, hoje, representam 36% da receita do nosso fundo, criado em 1997. O resto é complementado por um rateio entre os trabalhadores e com recursos do próprio sindicato?, disse Nesias.
Segundo ele, o benefício foi cortado há 40 dias sem aviso prévio pelos operadores portuários.
A estimativa do Sindestiva é que de seis a oito navios deixaram de ser carregados ontem. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que não iria comentar o ocorrido.
Operadores
Reunida na tarde de ontem para discutir a paralisação, a diretoria do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindop) não chegou a uma decisão sobre a reivindicação dos trabalhadores. Segundo o presidente da entidade, Edson Aguiar, uma reunião amanhã deve trazer uma posição definitiva do sindicato sobre o tema.