Porto de Antonina pode exportar álcool à Coréia

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, avaliou como positiva a reunião que manteve com empresários da Coréia do Sul que estiveram no Paraná para negociar a importação de álcool combustível. O Paraná é o segundo produtor nacional de álcool. O interesse dos sul-coreanos é seguir o exemplo do Brasil e adicionar álcool na gasolina.

Para isso, a Coréia do Sul também tem interesse em adotar a legislação brasileira sobre a mistura e fazer do Paraná o principal parceiro comercial. De acordo com Eduardo Requião, esta parceria deverá ser formalizada em breve com a instalação de um terminal para movimentação de granéis líquidos no Porto de Antonina.

Atualmente, a Coréia do Sul consome cerca de 60 bilhões de litros de gasolina por ano. O objetivo dos sul-coreanos é misturar de 3% a 5% de álcool no combustível. Ainda segundo a comitiva, na Coréia do Sul não existem veículos movidos exclusivamente a álcool, apesar de haver tecnologia para isto. A preocupação dos empresários coreanos, contudo, é que haja um fornecimento contínuo do produto.

“Esta também é uma preocupação nossa”, afirmou Eduardo Requião, referindo-se a importância em atender tanto as possibilidades do terminal em Antonina quanto à expectativa dos importadores. A estimativa das usinas, é de que a produção brasileira de álcool deva chegar a 13 bilhões de litros nesta safra, 2 bilhões a mais que na última.

O superintendente da Appa lembrou ainda da possibilidade da negociação com os coreanos seguir a mesma tendência da parceria firmada com os chineses, que esperam fazer do Porto de Paranaguá o principal terminal brasileiro para exportação da soja.

“Os sul-coreanos são potenciais compradores e investidores”, avalia Eduardo Requião. “Poderemos dar prioridade na exportação de álcool para a Coréia do Sul, assim como fechamos preferência de movimentação de soja com garantia de qualidade para o mercado chinês.”

Em contrapartida acrescenta o superintendente o Paraná poderá receber investimentos para serem utilizados na melhoria da infra-estrutura portuária. “Acredito que poderemos atender às expectativas dos coreanos e eles as nossas”, acrescentou Eduardo.

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